Ó morte! A que mistérios me destina?

Fico perambulando pela rua

Essa chuva que cai na cabeça

Ando a passos largos

E de cabeça baixa

Ando apressado olhando lado-a-lado

Reconhecendo meu andar torto

O suor caindo na testa

Eu só ando...

Fico esperando os dias passarem

Não quero acordar amanhã

Me sinto tão morto

Nesta vida

Nem mesmo meu sentimento

Continua o mesmo

Então por que?

Meu pensamento fica atrofiado

Cada dia é menos um

Não tenho esperanças

O que eu espero?

A morte!

A leitura Maldita

Admito que leio muitas

Histórias felizes...

Pessoas falando sobre a felicidade

E este sentimento é Real?

Eu como um poeta qualquer

Fica pulando linha a linha

Treinando meu olhar para

Enfim chegar na parte Triste!

Ao mesmo tempo em que

Meu olhar cansado é treinado

Minha mente fica imaginando

A cada situação diferente...

Ora C, Ora D

É estranho... para cada texto

Ah um contexto encaixando

Tem um pouco delas também!

A poesia é uma arte antiga

Mas o que é mais distante

É a imaginação do homem

Ou sua realidade?

O expectador nunca saberá

Já que o Poeta é um Fingidor

E a dor que sinto...

É muito maior que meu amor!

Lagrimas Perdidas

Quero recuperar as lagrimas

Que tu perdeste em teu aniversário

Quero estar perto delas

E banhar-me com a tua tristeza

Quero colocar tuas lagrimas

Num pote de ouro

Onde toda vez que me sentir triste

Eu me banhar com tuas lagrimas

Para me fazer feliz

Deixa eu recuperar a tristeza

Que você deixou para trás

Logo depois que me perdeste

Quero de volta

Talvez, um momento teu nunca foi

Presenciado ... nem mesmo um

Momento feliz ... Iria me causar certo

Estranhamento... logo te quero triste

É alegre ter tua tristeza

É alegre estar contigo

Chorando no teu

Aniversário

Apresentação

Já te disse uma vez

Posso lhe apresentar um mundo

Onde a vida existe

Não quero um mundo

Onde eu tenho que te procurar

Cada dia que passa

Você está mais longe

Queria uma vida

Perto de ti

Conhecendo o que

Eu nunca tive

Ó c dos sonhos perdidos

As estrelas novamente estão caindo

Neste céu escuro

Mas elas falam comigo!

Quero que meu pensamento

Chegue até teu coração

Queria que está chuva

Caísse sobre teu rosto triste!

Não vejo o mesmo céu

Não vejo nada

Apenas o brilho

Do teu olhar

Que se confunde com este

Brilho estrelar –
 01/03/19 

A corrida

Não sei quem estou esperando

Se é a morte ou C

Acho que uma é tão importante

Quanto a outra

A morte o descanso da não vida

A C o começo da vida

A cada dia que passa

Eu espero...

Menos um dia para a morte?

Mais um para C

Dúvida cruel

A que vier primeiro

Eu vou aceitar de bom grado

Vou abraça-la e gritar:

Finalmente!

28/02/2019 

Momento de Euforia... Momento de pagar Caronte

Todas aquelas pessoas dançando e sorrindo

Como podem sorrir

Fico ali parado, atônito

Admirando

Como as pessoas podem sorrir?

Todo aquele ritmo de euforia

Ou até mesmo alegria

Como é possível?

Deve haver muitas C para todas

Para todos rirem e se divertirem assim

Todos eles conseguiram sua C

Por que fui o felizardo de não conseguir?

A felicidade se resume em apenas

Um momento, uma pessoa

Todos elas já estão velhas

Mas com um sorriso no rosto

Sou muito mais jovem que eles

Mas minha alma está aprisionada neste corpo

Com mais de 100 anos de alma

Que não aguenta mais a vida!

24/02/2019 

As lembranças inexistentes

Deixa eu pensar que estais

Me esperando

Deixa eu sonhar que eu comigo

Que tu sonhas

Quero acreditar que sou eu

O motivo do teu sorriso bobo

Quando tu sorri momentaneamente

Com tua língua pra fora

São tantos charmes

Que tentei decifrar em fotos

São poucos momentos

Que presenciei ao lado teu!

Ainda lembro da sensação

Depois do dia em que a terra parou

Que dia lindo

Que sábado

Nunca mais senti algo igual

É lindo lembrar que neste dia

Me senti talvez ...

Recompensado

Deixa então o triste poeta

Sonhar que um dia

Tu conhecerás talvez

Sua presença!

13/02/2019  

As luzes do céu sem estrela

Que estrelas são estas no céu

São as estrelas da saudade

Da incerteza

E da dúvida

Esse ar congelante na face pálida

Sob a luz destas mortas estrelas

Tão vivas

Quanto eu

Tão acolhedor este momento

Este frio que abraça

Meu coração

De pedra

Ao longe vejo as primeiras luzes

Dançando timidamente

Naquele lugar

E naquele céu

Me exilei neste lugar maravilhoso

Quando pude finalmente

Ver a luz deixar

Os olhos teus

Que brilhavam tanto quanto

Estas estrelas mortas

Assim como você

Nesta vida

07/01/19