quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fim de tarde


 Versos que um dia eu fiz...

Num lindo fim de tarde
Sentado na praça
Só pensando em desgraça
Tudo era uma fraude

Pessoas namorando
Nuvens andando
Pessoas morrendo
E eu sofrendo

Fui ao encontro com o mar
Para ver nuvens trocando suas cores
E eu só  queria amar
Poderia ver o cenário preto e branco
Imaginando como era antigamente
Como o tempo é um avanço
Não posso ter essa visão na minha mente

As nuvens trocavam de cores
As luzes da cidade começam acender
E as estrelas começam a aparecer
Junto com suas colores.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

5 e 6 de agosto de 1945


5 de agosto de 1945:

Quantas estrelas há neste céu
Nunca vi um céu tão cheio
Como será que era no tempo de Galileu?
No tempo de devaneio
Uma noite onde via claramente a via láctea 
Algumas poeiras ao fundo
Algumas nebulosas profundas
Que bela noite

Sentado no gramado
Sob a luz das estrelas
Num céu adaptado
Para aquela noite
Será que amanha será a mesma noite?
Será que verei as mesmas estrelas?
Estava longe das luzes parasitas
Não queria naquela noite, visitas.

Já estava ficando tarde, no caminho para casa
Resolvo olha para via láctea
De repente vejo uma estrela cadente
Naquele momento, me senti carente
Faça um pedido, faça logo
E assim eu fiz.

Pedi para estrela para sempre pode ver
Aquele céu maravilhoso, todas as noites
Para todas as noites de frio, me aquecer
Quando tiver filhos, netos
Mostrar-lhes esse céu maravilhoso
Que paz maravilhosa.

6 de Agosto de 1945:

Era um dia qualquer
Um lindo dia para estudar
Um ótimo dia para se erguer
Um ótimo dia para ajudar
Dei bom dia para meus pais
Estávamos todos unidos naquela manha
No café da manha 
Que dia demais.
Eles saíram para trabalhar
Fiquei cuidando da minha irmãzinha
Mas que menina boazinha
Mais tarde, fui para escola.

Fui pra lá entusiasmado
A cidade estava agitada
Estava tudo animado
Cada um indo pro seu lado
Crianças brincavam
Inocentes, sem saber
Onde realmente estavam
E sem saber os problemas daquela década.

Chegando na escola, estava agitada
Naquela rua, pais e filhos 
Naquela camada de paz
Cada um dando thau para seus filhos
Carros parados a frente
Tudo parecia uma história em quadrinhos
Todos alegremente
Entrando na escola
Para mais um dia normal

Era um dia qualquer
Um lindo dia para estudar 
Um dia para se erguer
Um dia para mudar.

Escuto um barulho ao alto
Olho para cima
Quase dou um salto
Vejo um avião rodeando Hiroshima 
Era algo grande e assustador 
Parecia um pássaro gigante
Era algo espantador 
Com um barulho estrondeante

Entro na escola, pátio
E vejo um grupo de meninas conversando
E fui andando
Uma delas, a mais bela
Tinha algo especial nela
Tímida mas, comunicadora.

Fui ao encontro dela, para dar-te
Um bom dia e um beijo no rosto
Sem saber do sinal alarmante
Num dia de agosto
E dizer-te que estava feliz em te ver
Quando cheguei mais perto
Me dei mais vontade de beijar no teu rosto
VI algo caindo do avião
Mas que dor no coração
Quase perto de nós
Não teve barulho
E caiu como um mergulho
Fora algo que nunca tivera visto.

Quando dei minhas mãos para ela 
Ficou tudo branco
Como numa cadeia, uma cela
Nem deu para sentir seu toque
E toda minha vida
Passou-se naquele segundo
E ficou-se minha dúvida
Naquele momento não tinha mais mundo?
Vi tudo naquele segundo
As pessoas evaporando
E nossas mãos indo pro espaço
Como poeira espacial
Como tivera visto, na noite anterior.

Nunca mais vi
Um céu como aquele dia
Nem mais a minha vida
Agora um depois 
Eramos só nós dois
Nossas mãos estavam
E quase andavam
Unidas nas estrelas.

sábado, 21 de abril de 2012

Para te amar como te amei


Eu não precisei estar contigo
Para te amar como te amei
Eu não precisei de teu abrigo
Para te amar como te amei
Eu não precisei escutar sua voz
Para te amar como te amei
Eu não precisei ser veloz
Para te amar como te amei
Eu não precisei de um beijo seu
Para te amar como te ame
Eu não precisei ir até o céu
Para te amar como te amei 
Eu não precisei de palavras
Para te amar como te amei
Eu não precisei de poemas
Para te amar como te amei
Eu não precisei fazer parte de sua vida
Para te amar como te amei
Eu não tive você, querida
Para te amar como te amei

Eu precisei de você nos momentos
Mais difíceis de minha vida
Não precisei fazer as reverencias, para você
Como queria fazer eles com você, querida
Só pensava em ti
Como seria você aqui?
Naqueles momentos de pranto
Quase que uma escuridão e espanto
Eram convertidos em algo
Divino, Maravilhoso e belo
Quando pensava em ti 

Obrigado por me ensinar o amor
Mesmo não estando contigo
Um amor sem seu clamor
Mesmo tu não estando comigo
Foste tu, que me mostrou
E até mesmo, me ensinou 
O verdadeiro significado de amor

Se estivesses aqui comigo, nada disso
Teria acontecido
Eu estaria num compromisso
Não estaria arrependido 
Eu não estaria sozinho
Estaria com você meu anjo
Me dando todo carinho
Até me sentiria um arcanjo.

Meu anjo, só de te ter
Mesmo que poucas vezes
Me fazia crescer
Por um momento
Algo crescia em mim, o sentimento
Parar o tempo, tudo em câmera lenta
Como num filme dos anos cinquenta
Ficava tudo em preto e branco
Apenas tu em cores
Num filme sem bastidores

Reconhecia você pelos olhos
Castanhos negros com uma 
Grande profundidade e uma 
Grande esperança e brilho
Nunca vi olhos iguais 
Que nas quais
Nunca vou esquecer
Os olhos que me alegravam
Daquele olhar que me fazia enriquecer
de amor
E que me davam
Um grande clamor 

Ou seus lindos cabelos
Como se fosse de modelos
Negros, como uma noite de lua cheia
Numa beleza europeia 
Como os fiordes da noruega

E seu sorriso?
Oh! Meus deus, como vou esquecer
Quando via, parecia estar no paraíso
O mais lindo do mundo
O que um dia fora
A luz dos meus dias
Tudo se passava num segundo
Mas que para mim, era 1 hora
Este sorriso
Me tirava toda a escuridão e dor
no meu coração
Mesmo vendo- o em fotos

Poucas fora as vezes que te vi
Porem estas
Eu jamais vou esquecer
Mesmo tu não estando aqui
Principalmente a primeira vez 
Que te vi, se lindo rosto
Mesmo com toda sua timidez
Vi com grande gosto
Seu lindo rosto
Que era incomparável 

Sempre tivesse algo a mais
Em relação as outras
Algo que jamais
Conseguirei explicar
Será por serem diferentes culturas?
Quando tento explicar, me falta ar
E não consigo decifrar
O que realmente é

Na última vez que te vi
Não eras mais aquela
Foi quando te vi, ali, passando por mim
Mas eu sabia que era ela
A garota pela qual tinha
Me apaixonado anos atrás
Parecia até uma estrelinha
Que sempre me guiarás

Pena que fui um covarde 
Em apenas te olhar
Quando vi, já era tarde
E fez assim, meu coração queimar
Infelizmente apenas te olhei 
Como nas fotos

Eu não precisei de nada, apenas fotos
Para te amar como te amei
Tu não precisou dar-me nada
Mas mesmo assim
Sei que fui a pessoa que mais te amei
E que mais te amou
Na sua vida.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Aurora Boreal


I
Que lugar mais belo é este
Neve e montanhas ao meu redor
Montanhas quase do tamanho do Everest
Todo este lugar me tira toda a dor 
Um frio que congela a alma
Uma escuridão quase que uma solidão

II
Mas que linda são estas estrelas, diferentes
Olhe para o céu e verás: Usa menor
Um mar com suas ondas relevantes
Neve e montanhas ao meu redor
Um fiorde grande e diferente
Um céu cheio de estrelas

III
Mas cadê você?
Estás brilhando junto com elas
Iluminando-me naquele lugar bonito
No meu lugar favorito
Que me trás tanta faz
E lembranças que jamais serei capaz
De esquecê-las

IV
Num instante de segundo
Olho para  o céu e finalmente eu vejo
Algo grande e ao fundo
E aquela luz passou mais rápida que um desejo
Tão brilhante colorida e gigante
Neste grande céu abundante

V
Colorindo o fiorde a minha frente
Mais tarde, outra luz
Tão grande e ao mesmo tempo ardente
E o céu ficou verde, azul e até vermelho
E com o frio, coloco o capuz
A água do fiorde parecia um espelho

VI
Um espetáculo da natureza
Não sentira mais frio
Com toda sua beleza
Não sentia mais a solidão
Mesmo sendo uma visão alucinatório
Que tinha invadido meu coração

VII
Mesmo estando longe
Sei que estas perto de mim
Sei que sou um viajante
Sempre me questionando, onde fica o fim?
Sei que estarás sempre comigo
Do meu lado, para me proteger
Mesmo estando no meu fim

domingo, 15 de abril de 2012

Tempos de guerra


I
Num casarão, escuro, antigo e sombrio
Apenas o vento falava naquelas horas
Só escutava o seu assobio
Alguns fantasmas plasmadoras 
Num instante de frio
Caras atormentadoras
Estava no anoitecer
E eu só queria ver te adormecer.

II
A chuva caia lá fora
Junto com minha tristeza
Que já passava da hora
Junto com minha fraqueza
Você, não está mais aqui agora
Junto com minha estranheza
Não era uma chuva qualquer
Nem uma noite sequer.

III
Começara uma tempestade
Você não estava comigo
E aumentava mais minha saudade
De estar contigo.
Era só amizade?
É uma eternidade sem você, um castigo
Tenho um mau pressentimento 
Não tenho mais sentimento.

IV
Encantei Hades pelo meu amor
Com minha musica angelical
Um grande inferno ao meu redor
Fiz um grande espetáculo musical
Era um lugar assustador
Onde tinha um ser carniçal 
E o que aconteceu?
Você foi para o céu

V
Agora só me resta lembrança
Da gente quando era criança
Brincando num parquinho
Naqueles tempos onde não tinha guerra
Onde o tempo era mesquinho
Quando iria acabar a guerra na terra?
Era tudo maravilhoso e tinha um céu azul
O que restou foram apenas lembranças

VI
Neste céu não temos mais estrelas
Apenas fumaça e clarões
O destino traça retas paralelas
E assim encontram-se nossos corações
Não fora uma noite qualquer
Nem uma chuva sequer
Apenas ouvia as canções 
De uma ópera qualquer.