Os breves momentos escolares
Que tive ao lado teu
Jamais serão esquecidos
Mas aos poucos a memória enfraquece
As lembranças "do teu movimento"
Ficam com o tempo obscuras
E ao mesmo tempo mais claras
O paradoxo do amor doentio
Ah...
Agradeço aos céus
Que de uns anos para cá
Consigo ver movimento teu
Não apenas a inércia de uma foto
Como sempre fora
Mas consigo te ver viva no meu sonho
Algo que sempre quis na triste realidade
É fácil de perceber
Quando sonho contigo
Meu dia fica alegre
Acordo pensando em ti
Quantas vezes já rezei
Para não acordar mais
Deste inferno que é sem ti
E ficar para sempre sonhando
Mas não fui contemplado
Com meu pedido sonhador
Ah...
Se soubera o quão bem tu me faz
Tuas passadas pela minha vida
Foram poucas
Em nenhuma delas
Tive a oportunidade de lhe falar
Não me cobro como outrora
Com aquele sentimento de culpa
e de descoragem
Que sempre tivera em relação a ti
Qual fora a razão de todo este medo?
É uma incoglinita
É a minha maldição
...
Mas porque tu?
Ora... por que és bela
Ou foras bela
Não sei mais
A C. que eu conheci
E me apaixonei
Não existe mais
Infelizmente
Mas ainda sonho com ela
Ela em movimento
E as vezes fala comigo
Ah... que sensação maravilhosa...
Lá se foram 10 anos...
Não sei se espero mais 10...
Mas esperaria mais 100
Se fosse certo teu retorno
Ah...
Este meu sonhado retorno
Permanece na "noite estrelada"
De vicent van Gogh
Talvez aquele hospício
Seja a minha realidade
Sem ti
Ó minha amada C.
Minha escrita com o tempo
Torna-se cansada
Ou até mesmo repetitiva
Por isso a inércia da escrita
Mas nunca tivera a inércia
Do meu amor por ti
Este sempre tem uma chama acesa
Dentro do meu coração
Quando vejo tuas fotos
Eu nem estranho mais
É como se fizesse parte de mim
E faz...
São 10 anos ao lado teu
Serão 20 anos ao lado teu
Ó... que tempos são esses
Jamais haverá...
Qual fora o encantamento
Que houvera aquele dia?
Naquele exato momento
Ao te ver
Lembro que sentia falta de algo
Foi então que pedi aos céus
Me apresente alguém
Para eu gostar...
Se soubesse a proporção
Que isso levaria...
Nunca teria pedido nada
Naquela manhã de verão...