terça-feira, 31 de outubro de 2017

Divina Comédia



Enquanto escrevia minhas memórias
Presas num pedaço de papel
Ele vivia o que eu sonhava
Tudo que eu almejava

Se por momento
Estivesse vivenciado
Aquele divino amor
Tão sonhado

Talvez minha divina
Seria apenas uma comédia
Ah... que belo inferno

Aquele em que vivo constante
Te vivendo em memórias de papel...
E se fosse verdade...


domingo, 22 de outubro de 2017

Soneto de 365 dias – Soneto XXXIII


Eu tentei ser forte
Mas o impulso foi mais rápido
Fui por saber ávido
Na lembrança apenas um recorte

Eu escutava o canto
Dentro de meu coração
Carregando toda emoção
De meu pranto

Quando falei
Me libertei
Quando tu olhaste, sonhaste

Novamente consegui viver
Antes fosse morrer
Ao lado teu

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Nunca Morrerá


Se um dia perguntarem sobre as poesias
Lembre-se
Tem muito mais de vocês
Do que de mim

Talvez minha caminhada
Esteja marcada
Pela paz
Do negror da morte

Vocês irão morrer
Quando forem esquecidas
A poesia é eterna
Assim como vocês

Leiam
Entendam
Que minhas palavras
São puro amor

Representação do meu Amor



Se se um dia pudesse representar
O carinho e amor que tenho por você

Pintaria uma versão gigante
Da Noite estrelada

Plantaria num campo
A Flor mais bela

Cantaria mais alto
Eu sou o campeão

Se um dia pudesse representar
A paz que tu me trás

Seria capaz de escalar
As mais altas montanhas do Tibete

Se se um dia pudesse representar
O amor e carinho

Eu aprenderia a língua dos Deuses
Para eternamente agradecê-los pelo presente

O maior presente que pudera ter
Fora ter te conhecido

Antes de ir embora
Quero recolher umas moedas

Para dar ao Caronte
Chegando mais rápido em ti

Quando Hades ler minha Lira
Logo coincidirá meu desejo

De viver na eternidade
Ao lado teu

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Nos meus sonhos



Às vezes me perco pensativo
Pensando que esqueci de ti
É uma sensação horrível
A vida ingrata, talvez?

Às vezes me perco chorando
Tentando encontrar respostas
Nas palavras escritas
No grito de socorro

Às vezes me perco olhando as estrelas
Elas já foram grandes amigas
Fontes inspiradoras
Ah... as estrelas... eu me lembro muito bem

Às vezes me perco pensativo
Pensando que esqueci de ti
Por um momento num feedback
Lembro que toda noite te vejo nos meus sonhos!

A menina Azul


Naquele azul do céu
Fazia-se a alegria do poeta
A menina do céu Azul
Não existe mais

Ela vive no cinza do céu
Na mais escura lembrança
Do poeta triste
Onde ela existe

Onde fora parar a menina?
Cresceu!
Onde fora parar a esperança do poeta?
Morreu!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A pele em que habito


Essa podridão queima minha face pálida
A carne lateja a dor crescente
O último riso sem lembrança
A podridão se espalha
A dor aumenta
O sofrimento acaba
E a morte acalma

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Andorinhas


Da terra onde as andorinhas adormecem
Já houve muito canto perdido
Muito pranto derramado
Muitas tempestades

As andorinhas não tinham para onde ir
Qualquer lugar, canto
Havia tempestade...
Dias de sol... Jamais...

Talvez um dia encontrão
A paz que tanto merecem
Ah... que alivio...?

Hoje posso morrer!...
Hoje posso descansar?...
Hoje poderei voar...

A Alma


A casa está vazia
Foi-se o Amor divino
A alma vazia escurece o céu
A lua prateada assusta nossos olhares
A alma vazia perde-se a tanto pecado
O negror da noite se espalha
Em meio a tantas almas vazias