Soneto do Apaixonado - Soneto XCVIII

Não importa quanto tempo passar

Eu sempre vou te amar

Não importa quantas vidas eu viver

Eu sempre vou te querer

Ela tem o cheiro que eu amo

Eu sempre o teu nome exclamo

O cheiro do nascer da rosa

A doce leitura da prosa

A voz dela é a canção do amor

A cura de toda minha dor

Ela é tudo que sempre sonhei

O que eu mais quero é estar ao teu lado

Não quero ficar para sempre calado

Quero que o mundo saiba que é você que amo

O desenho saudade

Quero uma tela branca

Vazia como minha alma

Leve como meus pensamentos

Cheia de sentimentos

Quero uns pincéis

Das cores da alma e do amor

Vermelho, Azul, Roxo, Amarelo

Enfim quero cores e flores

Quero expressar na tela

Meus sentimentos por ti

Enfim com os pincéis em mãos

Que comece a arte!

Cada traço do desenho

Uma lágrima caída

Quanto mais forma pegar

Mais cego vou ficar

Não acredito

Não sei desenhar

Só sei escrever

O quanto tu me faz falta!

A Fraulein

Lembro de sua sombra sob o lago

O vermelho do fim de tarde

Começava a surgir

Ao norte as brancas estrelas

Começavam a surgir no horizonte azul

Estavas bela

Teus lindos cabelos dourados

Fazendo sincronia com o vento nu

O que estavas esperando, ó Donzela?

Um Adeus a quem já morreu?

Os galhos marrons das árvores

Caiam no chão melancólico

Olhaste para mim

Com um sorriso belo e irônico

Ao fim, chegou o negror da noite

Durmas minha Donzela

Caíste no esquecimento dos outros

Por fim, foi-se o dourado dos dias!

As flores da Morte

Quero flores da cor branca

Para celebrar a minha paz

Quando a luz deixou meus olhos

Que outrora brilhava ao te ver

Quero flores da cor azul

Para quando olhares o azul do céu

Veres a minha imagem

Sempre te cuidando

Quero flores da cor amarela

Para refrescar a memória

Para nunca esquecer de você

No último momento de minha vida

Vá me visitar

Ó minha Donzela.

Um Livro sobre Você

Quero escrever um livro

Um livro sobre você

Um livro

Que talvez fale um pouco de felicidade

Se fosse contar

Quantas vezes escrevi para me ouvires

Escreveria um livro

Com as memórias petrificadas em mim

Deixe eu escrever um livro sobre você

Onde contarei

Sobre a fonte de inspiração

Para qualquer poeta

Onde contarei

Sobre uma pessoa linda

Que fez os dias ficarem alegres

Onde valia a pena viver

Onde contarei

Sobre alguém

Que fe(a)z toda a diferença

Que fez pensar num futuro

Quando tu leres o livro

Talvez caia uma lágrima

Do teu rosto

Como és bonita triste

Irás te lembrar de tudo que aconteceu

E como tudo se perdeu

Ao ter me deixado

Sem expectativas de vida

Quero escrever as páginas

De um livro maldito

Onde todo sonho se perdeu

E tudo se foi

Quero escrever as páginas

De um livro sagrado

Onde tu salvaste minha vida

Onde tudo começou 

Você esqueceu

Minha querida, você esqueceu

Da minha imagem e de meu amor?

O inverno, congelou seu amor?

Tudo é como outrora

O inverno, aquece meu amor

Meu sentimento continua o mesmo

Desde a primeira aparição tua

Quando houve a representatividade do luto

Não quero mais viver nesta lembrança

Te revivendo cada dia que passa

Não quero te ter como lembrança

Quero contigo construir o futuro

Toda noite tu atormentas meus sonhos

Tua imagem sempre faz presente

Fazendo eu querer ficar sempre sonhando

Somente lá, posso novamente estar contigo!