terça-feira, 5 de novembro de 2013

Cego


Pensei que tinha superado
Pensei que tinha me esquecido completamente
Pensara que tinha deixado você da minha mente
Mas, estava errado

Estava enganado
Ao ter pequenas lembranças, pequenos momentos
Pequenos pensamentos
Fiquei acabado

Ao fazer o nosso trajeto
Percebi; o quão cego estava
Fiquei sem teto
Queria sair, ir para Bratislava!

Fazia tudo que nós fazíamos
Conversar, pular, dar a mão para atravessar
Tudo que um dia nós ansiamos
Fazer de tudo, até cansar!

Pena que ao fazer
Percebi a tua ausência
Percebendo minha carência
Não senti mais o mesmo prazer

Triste fiquei!
Chorando arrependido
Ao mesmo tempo ávido
Chorei

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fantasia


Fazer poemas quando a pessoa é ausente
É fácil, só entrarmos no nosso mundo
Sentimento imundo
Nesta mente de doente

Da imaginação, onde tudo é perfeito
Ao lado da pessoa que amamos,
Uma expectativa de que pensamos
De um deformado feto

Por vezes, essa pessoa nem sequer
Tem ciência de nossa existência
Nem sabe de nossa aparência
É um amor como Schopenhauner

Esta pessoa, alguém que sonhamos
Alguém que queríamos voltar
Naquela época para retornar
Algo que perdemos a cada passo que damos

Que nas memórias daquela época
Foram embora, por causa do tempo

Levou-as como uma folha em chamas
Lento, e algumas partes, nem queimou
Apenas deixou traços de que algo passou
Deixando apenas as entranhas

De um amor perdido