sábado, 25 de janeiro de 2014

Um motivo


Lembro-me até hoje
Da primeira vez que queria escrever um poema
Não conseguia escrever, de jeito nenhum

Não estava inspirado
Mas sabia que tinha que fazer
Estava todo acabado
Para tentar te trazer

Não sei, por que, tinha que fazer?
Era um grande prazer
Por que será?
O que será que era?

Lembro-me até hoje
Quando escuto a música
A música que comecei com os poemas

Lembro-me até hoje, o filme que estava vendo
As músicas que estava escutando, para chegar num poema
O que eu estava lendo
Lembro-me de tudo

Principalmente
Lembro-me do motivo de querer escrever um poema...
O motivo, é claro, era você...

Um motivo, que pensara que fosse temporário...
Um motivo, que pensei...
Pensei que fosse algo aleatório
Apenas pensei

Deve ser coisa de criança, nada demais
Porém, este motivo... Foi crescendo
Crescendo... E nunca mais parou de crescer

Como uma doença sem cura
Cada vez mais se espalhando pelo corpo
Essa doença, este vírus, é você...
Lembra-te
Graças a ti
Estou contaminado...

Mas, não farei nada...
Nada, para tirar este vírus de mim
Você ainda será amada
Ainda irá para Berlim

Lembro-me até hoje
Da música que escutava
Lembro-me até hoje

Do motivo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Linda menina


Linda menina
Tão droga quanto morfina 
Como o botão de lavanda
De uma simples propaganda
Linda menina
Como sua mãe
               Linda menina
               Ainda estarei em seu coração?
               Linda menina
               Leia os versos de um triste poeta.

Linda menina
Quando escrevia
Em seu caderno
Quando te via
Parecia um inferno
              Linda menina
             Ainda estarei em seu coração?
             Linda menina
            Leia os versos de um triste poeta

Meu coração queimava
De paixão
Linda menina
Esperando na janela
Da capela
               Linda menina
               Ainda estarei em seu coração?
               Linda menina
               Leia os versos de um triste poeta.

Linda menina
Fazendo suas reflexões diárias
Com todas suas angustias
Linda menina
Dançando
Cantando
              Linda menina
              Ainda estarei em seu coração?
              Linda menina
               Leia os versos de um triste poeta.

Linda menina
Há algo em você
Que perfuma o ar
Como um doce
Sem querer abusar
               Linda menina
              Ainda estarei em seu coração?
             Linda menina
            Leia os versos de um triste poeta

Linda menina
Sua figura
Fica em nós
Nada ficava em sua altura
                  Linda menina
                  Ainda estarei em seu coração?
                  Linda menina
                   Leia os versos de um triste poeta.

Linda menina
Na escola
Brincando
Escrevendo uma cola
Sonhando
                    Linda menina
                 Ainda estarei em seu coração?
                 Linda menina
                 Leia os versos de um triste poeta.

Linda menina
Que faz um homem
Compor versos
Linda menina
É o paraíso para os vivos
                 Linda menina
                Ainda estarei em seu coração?
               Linda menina
              Leia os versos de um triste poeta.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Virgem de Paris


Vous O belle vierge de mon cœur
Frapper plein d'excitation
Quand je vois
Quand je me sens le

En passant par les rues de Paris
Quand vous passez la nuit avec seulement les lumières
Tu est un échec pour moi, en tant que paris!
En ville à l'âge d'or
Bella Epoc

Ces temps étaient assez,
Cela pourrait voir ma chère vierge
En passant par la belle cafés Paris
Avec des artistes de rue
Chanter et danser ...

Bons moments quand je pouvais voir ma
Vierge de cheveux d'or
Robe argentée
De passage à Paris la nuit
Ressemblant à un échec

Ma belle vierge qui manquent
De votre longue chevelure dorée
Et ses grands yeux bleus

Faites tout
Pour revenir vous voir à Paris
Dans la ville des lumières ...
---

Você ó bela virgem do meu coração
Que bate cheio de emoção
Quando a vejo-a
Quando a sinto-a

Passando pelas ruas de paris
Quando passa na noite, apenas com as luzes
Tu para mim é uma miss, como paris!
Na cidade na idade do ouro
Da Bella Epoc

Belos tempos eram aqueles,
Que poderia ver minha querida virgem
Passando pelos belos cafés de paris
Com os artistas de ruas
Cantando e dançando...

Bons tempos, quando poderia ver minha
Virgem de cabelos dourados
Vestido prateado
Passando pela noite de Paris
Parecendo uma miss

Minha linda virgem, que saudades
De teus longos cabelos dourados
E seus grandes olhos azuis

Faria de tudo,
Para voltar a ver-te em paris
Na cidade das luzes...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Só eu sei


 Só eu sei
O quanto eu gosto de você
Só eu sei
O quanto eu já sofri com teu amor
Só eu sei
Os sentimentos ruins, tristes...

Só eu sei
O quanto eu gosto de você
Só eu sei
O que eu passei sofrendo
Só eu sei
O quanto tu me faz sofrer

Só eu sei
O quanto eu gosto de você
Só eu sei
O quanto eu ainda vou te querer
Só eu sei
O quanto eu te amo
Só eu sei
O quão viciado sou em você

Só eu sei
O quanto eu gosto de você
Só eu sei
Quantos momentos de alegria
Tu me proporcionou
Só eu sei
O quanto eu ainda quero alimentar
Este amor
Só eu sei
O quanto eu quero continuar

Só eu sei

O quanto eu gosto de você 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Desenho


Meu sonho desde criança era
Ter uma folha de papel em branco
Com uma canela ou um lápis
Fazer um belo desenho

Desenhar, os traços finos
De uma linda menina
Ou até mesmo, de uma bela paisagem
Nostálgica
Com o desenho, expressar meus sentimentos

Porém descobri com o tempo
Descobri que não sei desenhar
Tentei de tudo, não consegui
Tentei, tentei e nada

Descobri com o tempo
Que com uma folha em branco
Com uma caneta um lápis
Não sei desenhar
Apenas escrever palavras

E com essas, fazer versos
Poemas? Não sei, talvez
Com esses, eu falo de uma linda menina
De uma bela paisagem nostálgica

Mas

Mesmo assim,
Não consigo expressar meus sentimentos. 


Ps: Este desenho é de um amigo meu que fez, para uma amiga nossa (linda por sinal). Não quis fazer rimas neste poema, pois, achei ele bom assim. ^-^ 
Desenho: Ted Leandro
Modelo: Laura A.
Poeta: Marcelo M.

Narrativa


Deixei-a numa rua pequena, estreita
Começando a chover aos poucos...
Uma rua sem seita
Uma rua cheio de loucos
Com o céu nublado
As luzes da cidade acendendo

Ela estava sentada no chão
Com a mão sobre os joelhos
Triste como um cão
Triste como uma mãe sem seu filho

Com a cabeça baixa
E seu choro escutava baixo
Seus cabelos sobre seu rosto

Mesmo ela chorando
Mesmo ela estando
Triste, chorando...
Estava linda, como sempre
Nada fazia ficar sem sua beleza
Com toda sua delicadeza

Grandes movimentos foram juntos
Cem, duzentos, trezentos, quinhentos?
Sem dúvida, mas não posso continuar
Se não, perco o ar

Ou posso? Claro que posso
Se não pudesse seria um grosso
Mas está errado.
Todo este legado

Eu sou seu hospedeiro
Ela é apenas um parasita
Não sou um guerreiro
Não sou um eremita

Tu alimentas minha mente
Com lembranças mortas

Dou a costas para ela, vou caminhando
Naquela rua estreita
Naquela rua sem seita
Ao caminhar, chego ao cemitério
Cheio de mistério

Aquela paz do cemitério
Cheio de mistério
Apenas o barulho da chuva

Ao cair sobre as carnes apodrecendo
E eu apenas vendo
Apenas com seus cabelos
Dantes eram modelos

Vou até um ente querido
E fico ávido
Ajoelho-me e falo:
“Por quê?! Tem que ser assim?
A vida inteira foi assim?
Terei que agüentar até a morte?”

Voltei para ver o verme
Estava com uma aparência fantasmagórica
Quase transparente!

Quando a olhei, pasmo fiquei
Quase que apaguei
Fiquei branco, como um fantasma
Aos poucos, ela olha para mim
E diz meu nome:

“Marcelo”!
Os seus olhos brilhando por causa de seu choro
Olhos brilhando para mim, como sempre
Olhos que vejo meu reflexo
E vejo nascer minha felicidade
“Volte Marcelo”

Ela cai no chão
Que horror! Meu Deus!
Vou correndo ao seu encontro

Pego ela em meus braços
Abraço-a
“Não nunca vou esquecer de você
Por favor, alimente-me
Com esperanças, memórias mortas

Por favor
Eu preciso de você!"