sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A maldição de C.


Ah C. quisera eu
Que tu foste o sol
Dos meus dias reais
Sem o sonhar

O vento bate
Na face pálida
Trazendo de volta
Teu perfume de menina!

Pudera encostar a cabeça
No peito teu
Imaginando o futuro
Antes fosse morrer ao lado teu!

Aquelas flores
Naquele Jardim
A muito se fora
Junto com o triste poeta

Até quando Dona C.?
Irás assombrar
Meus sonhos de insanidade?
Com toda a felicidade!

Se um dia
Subires no altar
Noutro dia me enterro
Foi-se o dourado dos Dias

A prece é praxe
Que nunca desapareça
Da triste memória
Do triste Poeta!

Timidez


Inda que a memória fraca
Tua imagem ainda esta
Presente nos dias
Mesmo que timidamente

Um movimento teu
Com as cartas em mãos
Faço virar o Jogo
Enfim virar o vencedor

Te esquecer?
Admito! não é fácil
Tento me esconder de ti
Apareces do nada!

O tempo vai passar
A morte vai chegar
Que chegue logo!
Assim me leva junto!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Alma poética


Inda que os poetas atualmente
Lidam com a era digital
Quisera eu
Escrever sob a luz de velas

A fumaça que esvai
De meu charuto antigo
São as memórias do tempo
Escrevendo a luz de velas

Onde que o poeta errou?
Ele apenas se modernizou
Antes que outras almas se acolham
Eu ainda ei de escrever

A caneta e a folha branca
Reflete na face pálida
Lembranças dos tempos
Da luz de velas!

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Tão viva quanto o tempo



Apesar do tempo
A memória continua viva
Tão viva quanto tu na minha vida
Que morre diariamente

Talvez não fosse o momento
Tão esperado por algo
Que choro de saudade
De algo que nunca aconteceu

Teu companheirismo
Talvez fora forte
Na fraca memória
Nas falsas lembranças do Triste Poeta

Tudo voltou como outrora
Eu rezando neste caderno
Memórias petrificadas
No nosso tempo

domingo, 14 de janeiro de 2018

Não te Conheço mais...


Num determinado momento 
Eu sou o maestro
Conduzindo a trilha sonora
Deste maldito amor

Noutro eu precisava
De ao menos 
Uma palavra tua
Ou apenas um sonhar

Lembrar da vida 
Quando não estas presente
A morte chega mais rápido
Num determinado momento

Te ver e não te conhecer
Ah... Eu não te conheço mais
Favor... 
Faça um novo amanhecer !


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A melodia poesia


O grande Maestro
Prepara com amor
Suas mãos
Para a próxima poesia

Ele encara o quadro
A noite estrelada
O inspira
A musa finalmente respira

Aquele breve momento
Em que o maestro fecha os olhos
Ela a vem na memória
Petrificada no tempo

A plateia o espera
Ele aguarda ansioso
O momento
De sua triste sinfonia 

Ele se apresenta ao público 
A reverencia
Os aplausos
Vesti la Guibba

Aos poucos ele começa 
O preciso movimento
Com a caneta no papel 
E a música começa

A triste sinfonia 
Começa a brotar do papel
Como o movimento das mãos
Que bela poesia!

A plateia se impressiona
Com as palavras
Toda aquela música
Flui das memórias

A música é bela
Sua memória é a morte
Seu momento da vida
Naquela Música

As memórias dela
São como as músicas do poeta
Eternas. Tocantes. Emocionantes.
Extremamente lindas!



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

No sonhar


Naquela alma e naquele sorriso
Eu vejo as lembranças
Do meu sonhar
Ao lado teu

Mas nem nesta vasta lembrança
O triste poeta consegue
Imaginar-te no sonho
Ao lado teu

Se por ventura
Leres meu desespero
Morrerei feliz

Mas minha morte constante
Nem a consigo ver nestes olhos
O brilho da minha morte

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Natureza Morta - LII


Naquele instante temporal
Ainda consigo ver as flores
Que aqui estiveram
E aquele beija-flor

As vezes ele visita
Procurando aquelas cores
Que um dia viveram
Com todas as flores

Ah... A Natureza Morta
Faz a inspiração
Do triste poeta

Que um dia viu as flores
As cores
Que fizeram presente em seu jardim!

O sol bate



Naquele mesmo horário
O sol bate na janela
Sempre na mesma hora
Iluminando o quarto

Por mais luz que ilumine
Sua claridade não é suficiente
Para brilhar a alma
Do triste poeta

Neste sol de verão
O calor bate em minha
face pálida
Começando a cair o podre

Não há luz
Não há esperança
Para a escuridão que adentra
O triste poeta