segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

19 de Novembro

Noite. Espero o bonde
Naquele lusco-fusco sepulcral
Vejo a silhueta do anjo
Em cima da minha cova

Para onde fora as flores?
Murcharam na cova
A estatua do anjo
Roubou suas vidas

Para onde fora as flores?
Que um dia floresceram
Ao lado meu morto
No final. Apenas silêncio.



Lá vem ela mais uma vez
A morte. As pessoas ao fundo
Chorando o pranto derramado
Do ente querido morto.

Para onde fora as flores?
A enterraram junto com ele!
Fazendo da natureza viva
Em natureza Morta!

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