sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

De volta ao tempo


Como o tempo passa, tempo ingrato!
E por conta disso, velhos ficamos
E nos adequamos
Saudade do tempo de artesanato

Ficamos mais lentos
Ficamos mais sábios
Ficamos mais médios
Temos de usar cintos

Ainda lembro quando te vi
Pela primeira vez na escola
Não pedia mais esmola
Eu me adverti

No ensino fundamental
Éramos crianças
Tínhamos poucas lembranças
De um tempo abissal

Naquela época, quando te via
Parecia que tudo ficava mais colorido
Eu ficava dolorido
Algo estranho acontecia

Tudo me parecia mais bonito
Tinha um aperto no coração
Enfim, uma nova sensação
Era como um rito

Quando mais velho fiquei
Descobri que aquela sensação, chama-se amor
De todo o calor
Parei e pensei

Agora não és mais a menininha
Que me apaixonei anos atrás, no passado
Num passado transformado
Quando eu era menininho

Hoje és uma linda mulher,
Sem dúvida alguma
  
Agora eu olho através do tempo e percebo
O quanto nós crescemos
Como a leitura em um sebo
O quanto nós se desenvolvemos

Mas algo não mudou, o meu amor por ti
Continua o mesmo!



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