quinta-feira, 26 de abril de 2018

Aquele paradoxo que não termina

Se um dia por descuido 
Eu te esquecer
Pode ter certeza
Que estarei morto

Se em algum sonho
Eu não recordar do teu rosto
Talvez nem esteja sonhando
Já estarei morto

Esse dia nunca chega
A tua maldição enobrece
Meus dias sem paz
Sonhando contigo

Esse paradoxo infeliz
Em querer estar morto
Para te esquecer 
Ou estar vivo
Para nunca te esquecer


Mas do que adianta
Toda essa incerteza?
Do que adianta?
Se as duas únicas certas
É a morte e não te ver

Mas eu já pensei
Por ventura ou descuido
Em querer nunca ter te conhecido
Para não ter mais esse paradoxo
Da vida do Triste Poeta!

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