domingo, 9 de dezembro de 2018

Aquela que guarda a entrada do paraíso


Talvez naquela primavera
Onde todas as flores acolheram-se
Todas elas murcharam
E morreram

Fora naquela primavera chuvosa
Que as cinzas do céu nublado
Trouxe as lembranças
Que me fora traduzida em lagrimas

Nunca houve uma época tão escura
Quanto aquela que tu me deixaste
Quando eu caí na cova
E a areia me sufocava a cada pá

O canto dos pássaros não existe mais
Só consigo escutar o choro deles
A procura do escasso alimento
Que suas mães não o tem

Aquele inverno fez tão calor
Foi um inverno sem o frio
Nunca mais o chocolate quente
Se fez presente a mesa

Olhar para o céu a noite
Também tornou-se estranho
Não conheço essas novas estrelas
Neste céu sem tuas lembranças

A chuva que cai lá fora
Se mistura com as pétalas de
Flores que tento jogar no quarto
Para tentar lembrar de ti

Mas aquelas pétalas param no chão
São de flores mortas
Elas se aglomeram no quarto
Junto com as lágrimas

Inda que o divino saiba
Onde tu estejas, estejas feliz
Feliz com quem tu amas
Com quem a ama

Nunca saberei, absolutamente nada
Enquanto isso o triste poeta
Vai cada vez mais
Enterrando-se na triste terra!


Nenhum comentário: